CPI do Cachoeira investigará pelo menos
15 crimes
Com o apoio de 72 dos 81 senadores e de 396 dos
513 deputados, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que vai apurar
a ligação de políticos e agentes públicos com Carlinhos Cachoeira, especifica
como alvo da investigação pelo menos 15 tipos de crimes cometidos pelo
contraventor e seu grupo. Dentre a lista de “ilicitudes” estão citados no
requerimento de criação da CPMI tráfico de influência, fraude nas licitações,
corrupção e formação de quadrilha.
O documento especifica a necessidade de
investigar todas as empresas “associadas” a Cachoeira, o que inclui a Delta
Construções, maior empreiteira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O texto se refere a “empresas supostamente legais, controladas por Cachoeira ou
que a ele estejam associadas, direta ou indiretamente”. O texto lembra que em
2005, na CPI dos Correios, os inquéritos parlamentares e policiais “tão
somente, se tantos, roçaram as atividades ilegais do contraventor”.
“Urge enfrentar o desafio de destrinçar as
relações entre o poder público e as atividades do senhor Carlos Augusto Ramos”,
defende o texto. Diz ainda que o enfrentamento da ligação do contraventor com
agentes públicos “é ponto de honra para o Congresso Nacional”. “Está em causa o
resguardo da própria lisura do devido processo legislativo”, cita o documento.
No Senado, o PMDB indicou o senador Vital do
Rêgo (PB) para presidir a comissão.O bloco do governo, encabeçado pelo PT,
também terá cinco vagas.
O bloco da minoria indicou os senadores Alvaro
Dias (PSDB-PR), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB),
além do senador Jayme Campos (DEM-MT). O bloco cederá duas suplências para os
senadores Jarbas Vasconcelos (PE), dissidente do PMDB, e Randolfe Rodrigues
(PSOL-AP).
O recém-criado bloco União e Força, formado pelo
PTB e PR, terá como representantes os senadores Fernando Collor (PTB-AL) e
Vicentinho Alves (PR-TO). O regimento prevê 16 nomes, além dos 15 previstos no
requerimento de criação da comissão, para atender aos partidos nanicos. No
caso, o rodízio favoreceu o PSD, e não o PSOL, que indicará um titular e um
suplente.
Fonte: Agência Estado
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