A QUEDA DA
BASTILHA
GOIANA – UMA OBRA DOS AQUISITORES.
* Adelmo de Paula – jornalista
Setores
da advocacia goiana que se encontravam há anos encastelados em grandes
escritórios, vivendo mais da fama e de influencias com políticos e operadores
de direito do alto escalão da magistratura, estão assustados com mudanças neste
padrão. Com a criação e atuação enérgica do Conselho Nacional de Justiça,
(CNJ), fortalecimento das corregedorias dos Tribunais de Justiça Estaduais, e a
ação de alguns membros do Ministério Publico, freou-se de forma brusca o que
alguns escritórios de advocacia pretendiam – criar a legalidade a partir de
atos ilegais. Muitas decisões judiciais tinham um viés contrario ao que
determina a lei e as provas dos autos de processo, mas prevaleciam e quando
eram contestadas em instancias superiores, a morosidade da Justiça se
encarregava de acalentar a injustiça por anos a fio, até mesmo com a perda do
objeto da ação. Alguns advogados fizeram estórias e fama no Goiás, valendo-se
apenas de “prestigio e relacionamentos”; de repente, teve inicio com a queda
“dura e seca” do ex-senador Demostenes Torres do Democratas, influenciando diretamente
pessoas indicadas para comissões de juristas do Senado, e ligadas a ele como o advogado e vice-governador José Eliton
(DEM-GO), uma mudança naquele padrão. Tornou-se visível a teia de influencias
irregulares e criminosas que atingiu o Judiciário, o Ministério Publico, as
Polícias: Civil e Militar. Desde então, advogados terão que usar mais os seus
alfarrábios, livros, conhecimentos técnicos e criatividade; não dá mais certeza
nenhuma a qualquer causídico, ligar ou procurar juízes, desembargadores e
ministros, ou membros do Ministério Publico, se valendo de “transito” no
Judiciário. Advogados terão que ser verdadeiros operadores do direito, e não
despachantes de demandas. A Bastilha Goiana caiu.
* Adelmo de Paula – jornalista (SRTE – GO 01420JP / ABI – RJ n.º 2.145)
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