(à esquerda o prefeito eleito de Posse/GO Paulo Roberto Marques de Souza - PMDB (Paulinho), a Vereadora Alda Marques, Dr. Ribeiro (prefeito de Iaciara/GO) e a 1.º Dama Nice) e na foto da direita o vereador Humberto Silva (PPS).
Os prefeitos, vice prefeitos e vereadores eleitos em todo o Brasil iniciarão o seus mandatos no dia 01 de janeiro de 2009. Em Posse/GO a posse representa mudanças no eixo de poder do Paço Municipal - é claro que ninguém dúvida de que o PMDB local assumirá uma postura administrativa diferente. Pois foi isto que prometeram e foi isto que o povo aceitou. As eleições municipais em Posse/GO, tiveram vários perdedores - cujos nomes poderemos nomear oportunamente, o principal deles foi Stanley Valente. Com uma administração centralizadora desde o 1.º mandato iniciado em 2001, não permitiu o surgimento de um nome para sucedê-lo, afinal todos já sabiam de antemão que no máximo a "era" Stanley Valente terminaria em 2008. Com uma administração, tida por alguns como boa, mas animada por uma gestão política clientelista e fisiológica, tanto que o prefeito foi incapaz de promover uma reforma administrativa no 2.º mandato, o seu grupo de apoio foi reduzido e limitado aos que foram mantidos no 2.º mandato. O primeiro recado da insatisfação popular veio ainda nas eleições para governador de 2006, onde no 1.º turno os eleitores de Posse/GO, disseram não ao pedido do prefeito Stanley para que votassem em Alcides Rodrigues. Não houve mudança e nem foi sensibilizado por este aviso. Não se cogitou de promover o substituto para as eleições de 2008. Isto levou a que várias "facções" dentro do grupo do prefeito se digladiassem entre si para "parir" o nome do candidato. Pesquisas, pressões, dissenções, rompimentos e muitos entraves foram ingredientes ativos no inicio do ano eleitoral de 2008. A adminsitração Stanley Valente foi marcada por melhorias na infraestrutura urbana da cidade - só que muitas destas infraestruturas contemplaram um pequena parcela dos eleitores e suas famílias. Não se promoveu políticas de valorização da participação do cidadão através da sociedade organizada, não se fortaleceu as entidades da sociedade civil - as que sobreviveram foi por audácia e coragem de seus associados. A imprensa foi tratada sempre como inimiga e não como parceira que leva a informação e forma opiniões na sociedade. A política agressiva de atendimento público pontuais de: grupos, famílias e pessoas, foi a tonica dos dois mandatos do prefeito Stanley. Não houve a compreensão de que a coisa pública municipal pertence a todos, não a grupos ou partidos. Um politico sério e honesto manterá a sua equipe nos limites da legalidade, o atendimento ao cidadão deve ser universal, a regra será sempre atender a todos de forma igualitária e a excessão atender a alguns. Durante estes oito anos da governança de Stanley prevaleceu a excessão. Mais um aviso de que algo estava errado foi dado pelas pesquisas que agradavam o prefeito com uma aprovação administrativa alta - pautada pela visibilidade de algumas obras - mas nunca pautada na necessidade do eleitor e de sua familia, e isto ficou claro no 1.º turno das eleições para governador em 2006; a resposta do eleitor ao pedido do prefeito Stanley para que votasse em Alcides Rodrigues foi negativa. Não se entendeu o aviso e tudo continou com "dantes no Quartel de Abranches". Aqueles necessitados que acorriam ao Paço Municipal, Hospital, Secretarias se eram atendidos, o eram, de forma clientelista e fisiologica, não havia uma politica pública de atendimento ao cidadão, não havia a quem recorrer se o atendimento não acontecesse, afinal este tipo de atendimento - clientelista e fisiologico - é perverso, pois premia os "amigos do rei" e desampara aos demais, que sempre são a maioria. Os insatisfeitos são "barulhentos", enquanto que os que tiveram seus pleitos atendidos se calam. A sustentação do prefeito se limitou a um grupo de partidos "cartoriais", salvo algumas notórias excessões; a lideranças desgastadas, e a por aí afora! A oposição capitaneada pelo empresário Paulo Roberto Marques de Souza (Paulinho) de há muito sabia da situação politica, entendeu o recado das urnas em 2006, falou ao povo da possibilidade de um governo com transparência, da igualdade de todos os cidadãos, de politicas públicas participativas, de tratamento tendo como regra o atendimento a todos os munícipes e não a grupos, famílias ou pessoas. Isto contagiou os eleitores, afinal o poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido. A Câmara Municipal de Posse ficou composta com cinco vereadores do "grupo" do prefeito Stanley e quatro do grupo do prefeito Paulinho, alguns imaginam que poderá ressuscitar hostilidades como as que aconteceram no governo de D. Vanda (1996-2000). Isto não acontecerá porque os vereadores eleitos - José Cláudio, Vando, Diogo, Dema e Zilmar Alves - o foram por seus próprios méritos e o compromisso com o "grupo" do prefeito Stanley é uma questão secundária. Os partidos que compuseram a Coligação E O PROGRESSO CONTINUA, terão que optar por uma ação mais efetiva na vida pública, deixando de serem "cartoriais" (existem apenas no papel) ou muitos serão retomados pelos Diretórios Estaduais. O prefeito eleito Paulinho sabe da necessidade de governar com autoridade, mas com os olhos voltados para o povo. Poderá a curto prazo criar a expectativa e consecução de programas participativos de valorização do cidadão através de apoio aos partidos, as entidades civis, as lideranças locais e principalmente de uma politica de atendimento universal e igualitária para todos os cidadãos.
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